O estilo de vida de docentes e investigadores do ensino superior tem sido reconhecido como um fator central para a compreensão do seu bem-estar psicológico, sobretudo num cenário marcado pelo aumento das exigências académicas e das pressões institucionais por produtividade. A docência no ensino superior caracteriza-se por múltiplas responsabilidades relacionadas com o ensino, a investigação e a extensão, frequentemente desenvolvidas em contextos competitivos, com recursos limitados e elevadas expectativas de desempenho. Essas condições contribuem para níveis elevados de stress, insatisfação profissional e maior incidência de burnout, afetando negativamente a saúde física e mental dos profissionais. Para além dos desafios laborais, fatores individuais relacionados ao estilo de vida, como qualidade do sono, alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e 2 momentos de lazer, desempenham um papel fundamental na preservação da saúde e na promoção do bem-estar psicológico. Estudos têm evidenciado que hábitos de vida saudáveis atuam como fatores protetores, favorecendo a regulação emocional, a vitalidade e a resiliência, enquanto comportamentos de risco, como sedentarismo, sono insuficiente ou padrões alimentares inadequados, podem intensificar os efeitos do stress académico. Deste modo, compreender como o estilo de vida contribui para o bem-estar psicológico no contexto académico torna-se essencial para a promoção da saúde, a melhoria do desempenho profissional e a sustentabilidade das instituições de ensino superior. O presente capítulo examina a relação entre o estilo de vida e o bem-estar psicológico de docentes e investigadores, destacando a relevância de práticas saudáveis como elemento fundamental para o equilíbrio emocional e para a qualidade da vida académica.