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DISPOSITIVO COMPOSITIVO E AMBIENTAL: A EXPERIMENTAÇÃO DO BRISE SOLEIL

A arquitetura do movimento moderno caracterizou-se pela utilização dos fechamentos dos edifícios através de grandes panos de vidro e foi objeto de revisão generalizada pelas consequências do seu baixo desempenho ambiental. No final dos anos 70, surgem tecnologias de vidro com baixa emissividade que reduzem a transmissão de calor, entretanto em países com clima tropical e subtropical como o Brasil, dificilmente o vidro por si só poderá controlar eficazmente os ganhos solares, sendo necessária a utilização de dispositivos de sombreamento, como o brise-soleil. Contudo este elemento ainda hoje é pouco aplicado, ou utilizado erroneamente, carente de embasamento técnico. O brise-soleil foi objeto de estudo de Le Corbusier ao longo de mais de 20 anos, através de tentativas e erros que levaram ao seu aperfeiçoamento. Neste trabalho se analisam duas obras do período de sua maturidade: o Centro Carpenter de Artes Visuais em Cambridge e a Torre de Sombras de Chandigarh. Trata-se de um tema que nos últimos anos tem ganho um público mais amplo em questões que pareciam confinadas mais à estética do que à sustentabilidade. Os brises se expõem à leitura pública, que questiona suas reais intenções uma vez que seus efeitos não são imediatamente sensíveis como, por exemplo, ligar o aparelho de ar condicionado ou sistema de aquecimento. O objetivo do trabalho é investigar o uso deste dispositivo, em dois projetos paradigmáticos e discutir seu significado como elemento de composição de fachada, procurando restabelecer mais diretamente sua relação com o desempenho climático, mediante simulações computacionais. Como conclusões se espera ampliar a discussão sobre as formas de utilização e adequação do dispositivo.

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DISPOSITIVO COMPOSITIVO E AMBIENTAL: A EXPERIMENTAÇÃO DO BRISE SOLEIL

  • DOI: pendente(NP)

  • Palavras-chave: brise-soleil - projeto arquitetônico - proteção solar -desempenho climático

  • Keywords: brise-soleil, architectural design, shading device, thermal performance.

  • Abstract:

    The architecture of the modern movement was characterized by the use of large glass panels to close buildings and was the subject of widespread review due to the consequences of its low environmental performance. At the end of the 1970s, low-emissivity glass technologies emerged that reduced heat transmission. However, in countries with tropical and subtropical climates such as Brazil, it is difficult for glass alone to be able to effectively control solar gains, being It is necessary to use shading devices, such as brise-soleil. However, this element is still little applied today, or used incorrectly, lacking technical basis. The brise-soleil was the object of study by Le Corbusier for more than 20 years, through trial and error that led to its improvement. This work analyzes two works from the period of his maturity: the Carpenter Center for Visual Arts in Cambridge and the Tower of Shadows in Chandigarh. This is a topic that in recent years has gained a wider audience on issues that seemed confined more to aesthetics than sustainability. Brises are exposed to public reading, which questions their real intentions since their effects are not immediately sensitive like, for example, turning on the air conditioning unit or heating system. The objective of the work is to investigate the use of this device, in two paradigmatic projects and discuss its meaning as an element of facade composition, seeking to reestablish its relationship with climate performance more directly, through computer simulations. As conclusions, it is expected to expand the discussion on the ways of using and adapting the device.

  • Silvia Regina Morel Correa
  • Roni Anzolch