TRAJETÓRIAS DE MULHERES LÍDERES DE DIFERENTES RAÇAS E NÍVEIS HIERÁRQUICOS
As mulheres líderes continuaram a vivenciar os desafios e barreiras representadas pelas metáforas (teto de vidro, labirinto de cristal e piso pegajoso) decorrentes da hegemonia masculina e da estrutura patriarcal do contexto organizacional. Dados mundiais e nacionais denunciam a histórica desigualdade de gênero e raça, além das diferenças salariais que reforçam a discriminação nas organizações. O objetivo deste estudo foi analisar e compreender as barreiras que as mulheres enfrentam na trajetória profissional para assumir posições de liderança. O método utilizado foi qualitativo e como instrumento de investigação utilizamos entrevista semiestruturada, on-line, agendada previamente. Participaram 12 mulheres líderes que ocupam cargos de nível hierárquico operacional, tático e estratégico em empresas públicas e privadas. As participantes têm escolaridades em ciências exatas, humanas e tecnológicas e a idades variaram entre 33 e 55 anos (média = 44,2; desvio-padrão = 7,1), sendo dez casadas e duas divorciadas e todas com filhos entre 2 e 24 anos. Para análise de dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Emergiram dos dados quatro categorias que representaram os elementos-chave do roteiro da entrevista. Na apresentação dos resultados de cada categoria foram incluídas narrativas das participantes. Os resultados foram discutidos à luz da literatura que abarca as trajetórias profissionais e as percepções dessas líderes acerca da discriminação de gênero e raça. Os resultados demonstram forte investimento educacional e consideráveis incentivos para liderança advinda de pares e familiares. As dificuldades para alcançar a liderança, sobretudo nos cargos altos, ainda perpassam por barreiras organizacionais e sociais. Fica evidente que ainda precisamos de políticas organizacionais e também políticas públicas que reduzam as desigualdades ainda existentes. São necessárias políticas organizacionais que favoreçam a diversidade, e que reduzam as barreiras que as mulheres enfrentam para alavancar suas carreiras, sobretudo as pardas e as negras.
TRAJETÓRIAS DE MULHERES LÍDERES DE DIFERENTES RAÇAS E NÍVEIS HIERÁRQUICOS
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DOI: 10.37572/EdArt_1408214155
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Palavras-chave: Mulheres líderes, Trajetória Profissional, Discriminação, Gênero, Raça
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Keywords: Women leaders, Professional Development, Gender, Race, Discrimination
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Abstract:
Women leaders continued to experience the challenges and barriers represented by metaphors (glass ceiling, crystal labyrinth, and sticky floor) arising from male hegemony and the patriarchal structure of the organizational context. Worldwide and national data denounce the historical inequality of gender and race, in addition to salary differences that reinforce discrimination in organizations. The objective of this study was to analyze and understand the barriers that women face in their professional trajectory to assume leadership positions. The method used was qualitative and, as a research instrument, we used a semi-structured, online interview, previously scheduled. Twelve women leaders who occupy operational, tactical, and strategic hierarchical positions in public and private companies participated. Participants have education in exact sciences, humanities, and technology, and ages ranged between 33 and 55 years (mean = 44.2; standard deviation = 7.1), with ten married and two divorced and all with children between 2 and 24 years old. For data analysis, the content analysis technique was used. Four categories emerged from the data that represented the key elements of the interview script. In the presentation of the results of each category, narratives of the participants were included. The results were discussed considering the literature that covers the professional trajectories and perceptions of these leaders about gender and race discrimination. The results demonstrate strong educational investment and considerable incentives for leadership from peers and family members. Difficulties in reaching leadership, especially in senior positions, still permeate organizational and social barriers. It is evident that we still need organizational policies and public policies that reduce the inequalities that still exist. Organizational policies that favor diversity and reduce the barriers that women face to leverage their careers, especially brown and black women, are needed
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Número de páginas: 20
- Lucimar dos Santos Reis