Resposta biofísica e neuromuscular em diferentes vertentes do fitness: Zumba® e Strong by Zumba™
As modalidades de grupo têm tido cada vez mais adesão por parte da comunidade dos praticantes. Contudo, ainda permanecem por esclarecer os reais efeitos agudos promovidos por diferentes vertentes. Foi objetivo deste trabalho comparar a resposta fisiológica, biomecânica e neuromuscular entre as duas modalidades do fitness: Zumba® vs Strong by Zumba™. Nove mulheres (idade: 42,56 ± 4,13; massa corporal: 65,08 ± 5,69kg; estatura: 1,65m ± 0,05m) com experiência nas modalidades em apreço realizaram duas aulas padronizadas (uma de Zumba® e outra de Strong by Zumba™) em dias distintos. Durante cada aula procedeu-se à caracterização do esforço no campo fisiológico e biomecânico com recurso a um sistema de monitorização cardíaca compacto. Antes e no final de cada sessão, foram aplicados testes de resposta neuromuscular. Foi possível verificar que o Zumba® promoveu uma resposta fisiológica mais vigorosa com valores superiores na frequência cardíaca média, % da frequência cardíaca máxima, frequência respiratória, frequência cardíaca líquida e consumo de oxigénio. Mesmo assim, a perceção do esforço pelas praticantes demonstrou ser mais elevada no Strong by Zumba™. No campo biomecânico apenas a aceleração vertical e aceleração sagital foram superiores na modalidade do Zumba®. No que diz respeito às variáveis neuromusculares as diferenças existiram apenas no teste de lançamento horizontal da bola medicinal. Pode-se concluir que existem respostas diferentes entre uma aula de Zumba® e uma aula de Strong by Zumba™ onde: (i) a aula de Zumba® parece revelar uma resposta fisiológica mais vigorosa que o Strong by Zumba™, embora esta possa não corresponder à perceção subjetiva do esforço realizado; (ii) os movimentos revelam-se com maior aceleração no Zumba® comparativamente ao Strong by Zumba™ essencialmente numa perspetiva sagital (p.e., frente-trás).
Resposta biofísica e neuromuscular em diferentes vertentes do fitness: Zumba® e Strong by Zumba™
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DOI: 10.37572/EdArt_2808226067
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Palavras-chave: respostas agudas, biomecânica, fisiologia, aulas de grupo, mulheres
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Keywords: acute responses, biomechanics, physiology, group training, women
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Abstract:
Group exercise sessions denoted an increased adhered by the practitioners in the last years. However, the acute effects promoted by those kind of sessions still remain to be clarified. The aim of this study was to compare the physiological, biomechanical and neuromuscular response between two fitness trends: Zumba® vs Strong by Zumba™. Nine women (age: 42.56 ± 4.13 years; body mass: 65.08 ± 5.69 kg; height: 1.65 m ± 0.05 m) with experience attended two standardized sessions (one in Zumba® and another in Strong by Zumba™) on different days. During each session, effort was characterized in the physiological and biomechanical domain using a compact cardiac monitoring system. Before and at the end of each session, neuromuscular tests were applied. It was verified that Zumba® promoted a more vigorous physiological response with higher values in mean heart rate, % of maximum heart rate, respiratory rate, net heart rate and oxygen consumption. Even so, the participants' perceived effort seems to be higher in Strong by Zumba™. In the biomechanical domain, only the vertical and sagittal acceleration were higher in the Zumba®. For the neuromuscular variables, differences were found in the horizontal medicine ball throw test. It can be concluded that there are different responses between a Zumba® and a Strong by Zumba™ session, as follows: (i) the Zumba® session seems to reveal a more vigorous physiological response than the Strong by Zumba™, although this may not correspond to the subjective perception of the effort made; (ii) the movements have a greater acceleration in Zumba® when compared to Strong by Zumba™, particularly in a sagittal plane (e.g., front-back).
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Número de páginas: 15
- Catarina C. Santos
- Célia Valente
- Mário J. Costa