PORQUE MENTIMOS? - A MENTIRA NA PSICOPATOLOGIA
A maioria dos investigadores acredita que a mentira e o engano surgiram nos animais como mecanismo de sobrevivência. Quando em situações de perigo, em que a luta ou a fuga não são viáveis, o engano surge como forma de autopreservação. O ser humano encara a mentira e o engano como moralmente questionáveis, no entanto são comportamentos frequentes, usados com várias finalidades (obtenção de benefícios, evitar punições, proteger os outros ou o próprio da verdade). Este processo pode ser consciente ou inconsciente e pode ter implicações legais, morais e sociais importantes. A mentira encontra-se na descrição de vários diagnósticos psiquiátricos e vários conceitos têm sido propostos para caracterizar vários tipos de mentira (mentira patológica, mitomania, pseudologia fantástica), no entanto estamos longe de um consenso. Este trabalho tem como objetivo rever a evolução da mentira como fenómeno psicopatológico.
PORQUE MENTIMOS? - A MENTIRA NA PSICOPATOLOGIA
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DOI: 10.37572/EdArt_29052259012
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Palavras-chave: mentira patológica, mitomania, pseudologia fantástica
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Keywords: pathological lying, mythomania, pseudologia fantastica
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Abstract:
Most researchers believe that lying and deceit are present in animals as a survival mechanism. When in dangerous situations, in which fight or flight is not viable, deceit appears as a form of self-preservation. The human being sees lying and deceit as morally questionable, however they are frequent behaviors, used for multiple purposes (obtaining benefits, avoiding punishment, protecting others or oneself from the truth). This process can be conscious or unconscious and can have important legal, moral and social implications. Lying is found in the description of several psychiatric diagnoses and several concepts have been proposed to characterize various types of lying (pathological lying, mythomania, pseudologia fantastica, compulsive lying), however we are far from a consensus. This work aims to review the evolution of lying as a psychopathological phenomenon.
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Número de páginas: 9
- Rafaela Nunes Farinha
- Melissa Alfafar Marques
- Filipa Tavares Pontes