LUTO EM CUIDADORES FAMILIARES DE PESSOAS COM DEMÊNCIA DE ALZHEIMER
O luto é um processo complexo e individual, frequentemente caracterizado por reações emocionais intensas como choque, tristeza e ansiedade. No contexto da demência de Alzheimer, o luto é particularmente desafiador devido à deterioração progressiva das funções cognitivas da pessoa cuidada, resultando num "luto antecipatório" e numa "morte dupla" emocional para os cuidadores familiares. Estes enfrentam um sofrimento intenso e podem vivenciar sentimentos ambivalentes, como alívio, angústia e culpa, após a morte do familiar. O papel de prestador de cuidados e a identidade pessoal dos cuidadores são frequentemente impactados, levando a um luto prolongado e a complicações emocionais como a depressão e o isolamento. A literatura enfatiza a relevância de se atribuir significado à experiência do luto, manter ligações emocionais e desenvolver a capacidade de superação. O apoio social, a espiritualidade e a preparação para a morte são fatores cruciais para um luto adaptativo. Além disso, a construção de uma autonarrativa positiva e a recuperação do "eu" são cruciais. A pandemia de COVID-19 aumentou significativamente os desafios relacionados com as tarefas de luto, sugerindo a necessidade de intervenções imediatas e de estudos futuros focados no impacto da crise. Intervenções são fundamentais para apoiar os cuidadores familiares, envolvendo estratégias que amenizem a dor e promovam a adaptação à nova realidade. Intervenções de terceira geração, como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e a Terapia Focada na Compaixão (CFT) são particularmente úteis para lidar com o luto na promoção da flexibilidade psicológica, na aceitação da perda e no aprender a lidar positivamente com emoções e pensamentos.
LUTO EM CUIDADORES FAMILIARES DE PESSOAS COM DEMÊNCIA DE ALZHEIMER
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DOI: 10.37572/EdArt_30072416115
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Palavras-chave: Luto; Demência de Alzheimer; Cuidadores familiares; Intervenção
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Keywords: Luto; Demência de Alzheimer; Cuidadores familiares; Intervenção
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Abstract:
O luto é um processo complexo e individual, frequentemente caracterizado por reações emocionais intensas como choque, tristeza e ansiedade. No contexto da demência de Alzheimer, o luto é particularmente desafiador devido à deterioração progressiva das funções cognitivas da pessoa cuidada, resultando num "luto antecipatório" e numa "morte dupla" emocional para os cuidadores familiares. Estes enfrentam um sofrimento intenso e podem vivenciar sentimentos ambivalentes, como alívio, angústia e culpa, após a morte do familiar. O papel de prestador de cuidados e a identidade pessoal dos cuidadores são frequentemente impactados, levando a um luto prolongado e a complicações emocionais como a depressão e o isolamento. A literatura enfatiza a relevância de se atribuir significado à experiência do luto, manter ligações emocionais e desenvolver a capacidade de superação. O apoio social, a espiritualidade e a preparação para a morte são fatores cruciais para um luto adaptativo. Além disso, a construção de uma autonarrativa positiva e a recuperação do "eu" são cruciais. A pandemia de COVID-19 aumentou significativamente os desafios relacionados com as tarefas de luto, sugerindo a necessidade de intervenções imediatas e de estudos futuros focados no impacto da crise. Intervenções são fundamentais para apoiar os cuidadores familiares, envolvendo estratégias que amenizem a dor e promovam a adaptação à nova realidade. Intervenções de terceira geração, como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e a Terapia Focada na Compaixão (CFT) são particularmente úteis para lidar com o luto na promoção da flexibilidade psicológica, na aceitação da perda e no aprender a lidar positivamente com emoções e pensamentos.
- Laura Brito
- Ângela Leite
- M.Graça Pereira