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FIBRILAÇÃO AURICULAR: DESAFIOS E IMPLICAÇÕES NA QUALIDADE DE VIDA E DECLÍNIO COGNITIVO

A fibrilação auricular é a arritmia cardíaca mais comum na prática clínica, afetando milhões de pessoas globalmente. Caracterizada pela desorganização da atividade elétrica nas aurículas, resulta em contrações auriculares ineficazes, muitas vezes rápidas, o que pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e morte. Devido à sua prevalência crescente, especialmente em idosos, a fibrilação auricular tornou-se uma preocupação global de saúde pública, com impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e nos custos dos cuidados de saúde. A gestão da fibrilação auricular envolve desafios clínicos substanciais e a complexidade dos fatores de risco e das comorbilidades associadas, como a hipertensão, a diabetes mellitus e doença arterial coronária tornam o diagnóstico e o tratamento da fibrilação auricular numa tarefa multidisciplinar. As estratégias atuais de tratamento incluem o controlo da frequência e do ritmo cardíaco, além da prevenção de eventos tromboembólicos, especialmente acidente vascular cerebral, por meio da anticoagulação oral. Nos últimos anos, os avanços no conhecimento sobre os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à fibrilação auricular trouxeram novas perspetivas terapêuticas, especialmente no campo da ablação por cateter e nos novos anticoagulantes orais. No entanto, a adesão ao tratamento continua a ser um desafio, comprometendo os resultados a longo prazo. Além dos riscos cardiovasculares, a fibrilação auricular está associada a elevados níveis de ansiedade, depressão e pior qualidade de vida. Estudos recentes também apontam uma ligação entre fibrilação auricular  e declínio cognitivo, sublinhando a importância das vias inflamatórias e da sua interação com outras doenças crónicas. Esta revisão aborda os principais aspetos da fibrilação auricular, desde a sua definição e tratamento até às suas implicações na qualidade de vida e função cognitiva dos pacientes.

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FIBRILAÇÃO AURICULAR: DESAFIOS E IMPLICAÇÕES NA QUALIDADE DE VIDA E DECLÍNIO COGNITIVO

  • DOI: 10.37572/EdArt_2910242844

  • Palavras-chave: Fibrilação auricular, Qualidade de Vida; Distress; Declínio Cognitivo; Implicações para a prática

  • Keywords: Fibrilação auricular, Qualidade de Vida; Distress; Declínio Cognitivo; Implicações para a prática

  • Abstract:

    A fibrilação auricular é a arritmia cardíaca mais comum na prática clínica, afetando milhões de pessoas globalmente. Caracterizada pela desorganização da atividade elétrica nas aurículas, resulta em contrações auriculares ineficazes, muitas vezes rápidas, o que pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e morte. Devido à sua prevalência crescente, especialmente em idosos, a fibrilação auricular tornou-se uma preocupação global de saúde pública, com impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e nos custos dos cuidados de saúde. A gestão da fibrilação auricular envolve desafios clínicos substanciais e a complexidade dos fatores de risco e das comorbilidades associadas, como a hipertensão, a diabetes mellitus e doença arterial coronária tornam o diagnóstico e o tratamento da fibrilação auricular numa tarefa multidisciplinar. As estratégias atuais de tratamento incluem o controlo da frequência e do ritmo cardíaco, além da prevenção de eventos tromboembólicos, especialmente acidente vascular cerebral, por meio da anticoagulação oral. Nos últimos anos, os avanços no conhecimento sobre os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à fibrilação auricular trouxeram novas perspetivas terapêuticas, especialmente no campo da ablação por cateter e nos novos anticoagulantes orais. No entanto, a adesão ao tratamento continua a ser um desafio, comprometendo os resultados a longo prazo. Além dos riscos cardiovasculares, a fibrilação auricular está associada a elevados níveis de ansiedade, depressão e pior qualidade de vida. Estudos recentes também apontam uma ligação entre fibrilação auricular  e declínio cognitivo, sublinhando a importância das vias inflamatórias e da sua interação com outras doenças crónicas. Esta revisão aborda os principais aspetos da fibrilação auricular, desde a sua definição e tratamento até às suas implicações na qualidade de vida e função cognitiva dos pacientes.

  • Ana Mónica Machado
  • Fernanda Leite
  • M.Graça Pereira