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PROPOSTA DE UM CÓDIGO DEONTOLÓGICO DOS GESTORES DE INFORMAÇÃO - CONTRIBUTOS ÉTICOS E DEONTOLÓGICOS

No âmbito do paradigma pós-custodial, informacional e científico que caracteriza a Ciência da Informação, a informação, enquanto fenómeno humano e social, torna-se, atualmente, o objeto de atenção dos profissionais que, de forma mais especializada, lidam com ela. Porque a informação é omnipresente em vários suportes, a estes cabe saber geri-la de forma eficaz e não se pode pensar apenas nos profissionais mais tradicionalistas como os bibliotecários e arquivistas mas noutros mais atuais, por exemplo, os gestores de conteúdo. De forma a abranger esta e novas funções que têm e terão de acompanhar a evolução tecnológica, correspondendo às necessidades dos utilizadores da informação, sejam eles indivíduos ou organizações públicas ou privadas, a designação gestores da informação parece-nos mais abrangente e inclusiva. Para além da questão duma identificação profissional mais adequada à atualidade em constante evolução, por esse mesmo motivo, também novas competências se tornam necessárias e novas normas de comportamento profissional devem ser consideradas e integradas em Códigos de Ética, neste caso da área da Ciência da Informação (CI). Ora, tem-se verificado preocupação nacional e internacional, por parte de diversas Associações Profissionais e da IFLA sobre a importância da atualização dos códigos de ética, alguns deles obsoletos, e sobre a reflexão acerca das dimensões éticas e valores que os gestores da informação devem ter. Além disso, existem estudos com análises comparativas de diferentes códigos éticos na área ou sobre a formação ética nos cursos de Ciência da Informação, o que prova que este é um tema que tem suscitado interesse. O objetivo desta investigação é fazer uma proposta de um Código Deontológico para os Gestores de Informação, a partir de contributos do grupo de trabalho Think Tank, constituído por membros da área da Ciência da Informação, criado em 2021, e que tem vindo a refletir sobre a atualização do atual “Código de ética para os profissionais da informação em Portugal”, datado de 1999. A metodologia adotada foi uma revisão da literatura, recobrindo os temas da privacidade digital, da cidadania digital, da ética da inteligência artificial e dos dados e o seu impacto na profissão de Informação & Documentação. Os resultados da proposta correspondem à formulação de vários princípios éticos e deontológicos que o Gestor de Informação deve ter em conta no âmbito do exercício da profissão, reconfigurada pelos desafios da Inteligência Artificial generativa, o que pressupõe uma reanálise de princípios éticos e a adoção de novos comportamentos em função destes.

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PROPOSTA DE UM CÓDIGO DEONTOLÓGICO DOS GESTORES DE INFORMAÇÃO - CONTRIBUTOS ÉTICOS E DEONTOLÓGICOS

  • DOI: 10.37572/EdArt_30042414719

  • Palavras-chave: Ética e deontologia da Informação, Código de Ética, Ciência da Informação, Transformação digital.

  • Keywords: Ética e deontologia da Informação, Código de Ética, Ciência da Informação, Transformação digital.

  • Abstract:

    No âmbito do paradigma pós-custodial, informacional e científico que caracteriza a Ciência da Informação, a informação, enquanto fenómeno humano e social, torna-se, atualmente, o objeto de atenção dos profissionais que, de forma mais especializada, lidam com ela. Porque a informação é omnipresente em vários suportes, a estes cabe saber geri-la de forma eficaz e não se pode pensar apenas nos profissionais mais tradicionalistas como os bibliotecários e arquivistas mas noutros mais atuais, por exemplo, os gestores de conteúdo. De forma a abranger esta e novas funções que têm e terão de acompanhar a evolução tecnológica, correspondendo às necessidades dos utilizadores da informação, sejam eles indivíduos ou organizações públicas ou privadas, a designação gestores da informação parece-nos mais abrangente e inclusiva. Para além da questão duma identificação profissional mais adequada à atualidade em constante evolução, por esse mesmo motivo, também novas competências se tornam necessárias e novas normas de comportamento profissional devem ser consideradas e integradas em Códigos de Ética, neste caso da área da Ciência da Informação (CI). Ora, tem-se verificado preocupação nacional e internacional, por parte de diversas Associações Profissionais e da IFLA sobre a importância da atualização dos códigos de ética, alguns deles obsoletos, e sobre a reflexão acerca das dimensões éticas e valores que os gestores da informação devem ter. Além disso, existem estudos com análises comparativas de diferentes códigos éticos na área ou sobre a formação ética nos cursos de Ciência da Informação, o que prova que este é um tema que tem suscitado interesse. O objetivo desta investigação é fazer uma proposta de um Código Deontológico para os Gestores de Informação, a partir de contributos do grupo de trabalho Think Tank, constituído por membros da área da Ciência da Informação, criado em 2021, e que tem vindo a refletir sobre a atualização do atual “Código de ética para os profissionais da informação em Portugal”, datado de 1999. A metodologia adotada foi uma revisão da literatura, recobrindo os temas da privacidade digital, da cidadania digital, da ética da inteligência artificial e dos dados e o seu impacto na profissão de Informação & Documentação. Os resultados da proposta correspondem à formulação de vários princípios éticos e deontológicos que o Gestor de Informação deve ter em conta no âmbito do exercício da profissão, reconfigurada pelos desafios da Inteligência Artificial generativa, o que pressupõe uma reanálise de princípios éticos e a adoção de novos comportamentos em função destes.

  • Milena Carvalho
  • Armando Malheiro
  • Susana Martins
  • Paula Ochôa
  • Ana Novo
  • Maria Inês Braga
  • Sónia Estrela
  • Luís Borges Gouveia;
  • Maria Beatriz Moscoso