CONFORTO TÉRMICO PARA FRANGOS DE CORTE EM CENÁRIOS DE MUDANÇA CLIMÁTICA NO RS
O objetivo deste trabalho é analisar o conforto térmico para frangos de corte no Rio Grande do Sul em cenários de mudança climática e propor estratégias para acondicionamento térmico ambiental. Considerou-se os sete municípios do estado maiores produtores de frango: Frederico Westphalen, Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Serafina Corrêa, Soledade, Bento Gonçalves e Canela. Os valores de temperatura utilizados na pesquisa foram obtidos do banco de dados de estações meteorológicas do INMET para o período de 2000 a 2020. Foram analisados valores médios, máximos e mínimos mensais para cada município, denominados como valores atuais. A partir destes, foram criados cenários de mudança climática com acréscimos de temperatura da seguinte forma: +1,5ºC (cenário 1); + 3ºC (cenário 2); + 5ºC (cenário 3). Posteriormente, os valores de temperatura obtidos foram confrontados com os valores de referência para conforto térmico para frangos de corte da primeira à sexta semana de vida, disponíveis na literatura. Nas condições atuais, o estresse por frio pode ocorrer em todos os meses do ano e para todas as semanas de vida dos animais e não há uma alteração nessa condição com os cenários de mudança climática, mesmo os mais severos. O estresse calórico é preponderante para animais a partir da quarta semana de vida e se acentua nos cenários de mudança climática, sobretudo nos meses de verão. O conforto térmico que hoje ocorre na parte da tarde em alguns meses do ano para animais de primeira à quarta semana de vida sofrerá uma redução no período de 26%, 41% e 61%, respectivamente, para os cenários 1, 2 e 3, se confirmada a mudança climática. Para a manutenção das condições térmicas ideais para os animais, são necessárias práticas de acondicionamento térmico, tanto para aumentar quanto para reduzir a temperatura no interior do aviário.
CONFORTO TÉRMICO PARA FRANGOS DE CORTE EM CENÁRIOS DE MUDANÇA CLIMÁTICA NO RS
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DOI: 10.37572/EdArt_26082268223
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Palavras-chave: Aumento de temperatura. Estresse Térmico. Produção Animal.
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Keywords: Temperature rise. Thermal Stress. Production.
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Abstract:
The objective of this work is to analyze the thermal comfort for broilers in Rio Grande do Sul in climate change scenarios and propose strategies for environmental thermal conditioning. The seven municipalities in the state that are the largest chicken producers were considered: Frederico Westphalen, Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Serafina Corrêa, Soledade, Bento Gonçalves and Canela. The temperature values used in the research were obtained from the INMET meteorological station database for the period from 2000 to 2020. Average, maximum and monthly minimum values were analyzed for each municipality, called current values. From these, climate change scenarios were created with temperature increases as follows: +1.5ºC (scenario 1); + 3°C (scenario 2); + 5ºC (scenario 3). Subsequently, the temperature values obtained were compared with the reference values for thermal comfort for broilers from the first to the sixth week of life, available in the literature. Under current conditions, cold stress can occur in all months of the year and for all weeks of the animals' lives and there is no change in this condition with climate change scenarios, even the most severe. Heat stress is predominant for animals from the fourth week of life onwards and is accentuated in climate change scenarios, especially in the summer months. The thermal comfort that currently occurs in the afternoon in some months of the year for animals from the first to the fourth week of life will suffer a reduction in the period of 26%, 41% and 61%, respectively, for scenarios 1, 2 and 3, climate change is confirmed. In order to maintain ideal thermal conditions for the animals, thermal conditioning practices are necessary, both to increase and to reduce the temperature inside the aviary.
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Número de páginas: 15
- ZANANDRA BOFF DE OLIVEIRA
- Emanuel Luis Christmann
- Eduardo Leonel Bottega
- Tiago Rodrigo Francetto