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capa do ebook BURNOUT E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM TRABALHADORES POR TURNOS DE UMA UNIDADE DE HEMODINÂMICA

BURNOUT E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM TRABALHADORES POR TURNOS DE UMA UNIDADE DE HEMODINÂMICA

Introdução: O Burnout nota-se cada vez mais na sociedade atual. O stress é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O trabalho por turnos favorece o stress crónico e desregulação dos ritmos circadianos. Alterações da Variabilidade da Frequência Cardíaca podem ser um indicador de patologias cardiovasculares. Objetivo: O objetivo ao estudar profissionais de saúde, é perceber de que forma os níveis de Burnout dos participantes se refletem nos índices de Variabilidade de Frequência Cardíaca e, consequentemente, na saúde do sistema cardiovascular. Métodos: A VFC resulta da variação da frequência cardíaca no tempo, como resposta a estímulos internos e externos, consoante ação do Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático. Com um Holter monitorizou-se o ritmo cardíaco, por 24h, da amostra. O Holter foi ligado, em todos os casos, ao início do turno, registando cerca de 24 horas a partir desse momento, colhendo informação de momentos de trabalho, lazer e sono. Já os níveis de Burnout retiraram-se do Questionário de Maslach Burnout Inventory. Resultados: Pela reduzida dimensão da amostra, não se obtiveram valores estatisticamente significativos, na maioria das relações que se tentam estabelecer. A idade e a VFC evoluem de forma inversa, de forma estatisticamente significativa. O número de anos de trabalho por turnos apresenta alguns valores estatisticamente significativos embora possa ser influenciado também pelo fator idade. Ao confrontar níveis de burnout e VFC, em termos qualitativos, verifica-se uma maior redução da VFC em pessoas com níveis mais altos de burnout e uma redução da ação do Sistema Nervoso Parassimpático com um aumento da atividade do Sistema Nervoso Simpático.
Conclusões: Verifica-se uma provável relação entre exposição a stress crónico, grande exaustão emocional e redução da VFC. Consequentemente, indivíduos da amostra com níveis de burnout mais altos apresentam maior risco cardiovascular.

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BURNOUT E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM TRABALHADORES POR TURNOS DE UMA UNIDADE DE HEMODINÂMICA

  • DOI: 10.37572/EdArt_2911230936

  • Palavras-chave: Stress; Burnout; Variabilidade da Frequência Cardíaca; Holter; Doenças Cardiovasculares

  • Keywords: Stress; burnout ; heart rate variability; holter; cardiovascular diseases

  • Abstract:

    Introduction: Burnout is present in nowadays’. Stress is a risk factor for the development of cardiovascular diseases. Shiftwork is responsible for disruption of circadian rhythms. Changes in Heart Rate Variability can be seen as an indicator of pathologies for cardiovascular diseases.  Objectives: The objective, when we study health professions is to understand how the burnout level of the participants are reflected in the Heart Rate Variability and, consequently, in the health status of the cardiovascular system. Methods: Since HRV is the result of the variation in heart rate as a response to internal and external stimuli, depending on the Sympathetic and Parasympathetic action, an Holter was used to obtain 24h monitoring of the heart rhythm of the individuals that constitute the sample. The Holter was connected in the beginning of the shift, recording about 24 hours from that moment, collecting information of moments of work, leisure and sleep. Burnout levels were obtained using Maslach Burnout Inventory. Results: Due to the small sample, no statistically significant values were obtained in the most of relationship that we want establish. Age and HRV evolve in an inverse way, in a statistically significant way. The numbers of shiftwork years has some statistically significant value although it can also be influenced by age. When we compare levels of burnout and HRV, in qualitative terms, there is a greater reduction in HRV in people with higher levels of burnout and also a reduction in the action of the Parasympathetic and with an increase in the activity of the Sympathetic. Conclusions: There is a probable relationship between exposures to chronic stress and great emotional exhaustion – Burnout Syndrome – and reduced HRV. Consequently, who with higher levels of burnout, they have a higher risk cardiovascular. 

  • Número de páginas: 24

  • Joana Margarida Rodrigues Martins
  • Joaquim Alberto Pereira
  • Telmo Pereira
  • Silvia Santos
  • Jorge Conde