A UTILIZAÇÃO DO TELEMÓVEL EM CONTEXTOS EDUCATIVOS: REPRESENTAÇÕES DE ALUNOS E DE PROFESSORES
A escola enfrenta um dos maiores desafios do Séc. XXI: o desafio digital. De um lado estão os alunos que cresceram com as novas tecnologias. Do outro, os professores obrigados a adaptar-se ao que essas novas tecnologias trouxeram e aos novos comportamentos que surgiram no seio da comunidade escolar. Presença assídua na comunidade escolar, o telemóvel surge como um equipamento capaz de fazer emergir as mais variadas representações na sua utilização, sobretudo enquanto recurso educativo. Sendo interdito dentro da sala de aula, por imposição de normativos legais, ele permanece ativo, em silêncio, junto dos alunos e dos professores. É esta a realidade com que a escola se depara. O telemóvel tornou-se num acessório de uso quase inevitável pelas gerações mais novas e é utilizado numa diversidade de situações, desde as aulas, aos tempos lúdicos e aos tempos passados com a família ou com os amigos. Mas que representações têm os alunos e professores quanto ao uso do telemóvel em contexto educativo?
Para tal realizámos um estudo de caso, transversal, já que a recolha de dados junto do universo foi realizada através de técnicas de registo (questionário), aplicado apenas num dado momento. Seguindo as normas metodológicas, construímos e aplicámos um questionário junto de 179 alunos e 88 professores do 9º e do 12º ano de duas escolas de um Agrupamento de uma cidade, capital de um Distrito do Interior. Os resultados indicam que a maioria dos inquiridos não se revela muito recetiva à utilização do telemóvel em contexto educativo. Os alunos afirmam não conseguirem apresentar uma situação em que os professores pudessem ensinar melhor através do telemóvel, nem tão pouco conseguem imaginar uma situação em que, sozinhos, pudessem aprender melhor através do telemóvel. Por outro lado, uma percentagem significativa dos docentes não reconhece vantagens pedagógicas na sua utilização.
A UTILIZAÇÃO DO TELEMÓVEL EM CONTEXTOS EDUCATIVOS: REPRESENTAÇÕES DE ALUNOS E DE PROFESSORES
-
DOI: 10.37572/EdArt_19122148413
-
Palavras-chave: telemóvel e contextos educativos, TIC e educação; m-learning; literacia digital, representações de docentes, representações de alunos, comunicação na escola.
-
Keywords: mobile phone and educational contexts, ICT and education; m-learning, digital literacy, representations of teachers, student representations; communication in school
-
Abstract:
The school faces one of the greatest challenges of the 21st century: the digital challenge. On one side are the students who grew up with the new technologies. On the other, teachers are forced to adapt to what these new technologies have brought and the new behaviors that have arisen within the school community. Frequent presence in the school community, the mobile phone emerges as an equipment capable of emerge the most varied representations in its use, especially as an educational resource. Being banned within the classroom, by imposing legal norms, it remains active, in silence, with students and teachers. This is the reality that the school is facing. The mobile phone has become an almost unavoidable accessory for the younger generations and is used in a variety of situations, from lessons, play times and times with family or friends. But what representations do students and teachers have regarding the use of mobile phones in an educational context? For this purpose, we carried out a cross-sectional case study, since the collection of data from the universe was performed through registration techniques (questionnaire), applied only at a given moment. Following the methodological norms, we constructed and applied a questionnaire to 179 students and 88 teachers from the 9th and 12th grades of two secondary schools of a city, capital of an Interior District. The results indicate that the majority of respondents are not very receptive to the use of mobile phones in an educational context. Students say they cannot come up with a situation where teachers can better teach on their mobile phones, nor can they imagine a situation where they alone could learn better through their mobile phones. On the other hand, a significant percentage of teachers do not recognize pedagogical advantages in their use.
-
Número de páginas: 13
- João Carrega
- Maria Rosa Oria
- João Ruivo