A TRAJETÓRIA DA VIOLA E SEU REPERTÓRIO NA RELAÇÃO COM A VOZ ATÉ O PERÍODO CLÁSSICO
A voz sempre teve uma relação muito próxima com os instrumentos, e foi frequentemente considerada como modelo para interpretação para instrumentistas, também na escrita e construção. Sob a perspectiva da relação com a voz, esse trabalho pretende investigar o caminho da viola pela história desde sua criação, em torno de 1530, quando ela teve um momento de destaque especialmente na escrita a cinco partes com duas violas, passando pelo período barroco até o clássico, quando a escrita da maioria dos compositores passou a valorizar os extremos grave do baixo contínuo e agudo nas melodias, deixando de explorar as capacidades de contraponto da voz média, compondo partes simples, descuidadas e com pouca dificuldade técnica, fazendo com que compositores como H. Berlioz lamentassem posteriormente esse tratamento da viola “como uma coisa de pouca importância na música”, como disse J. J. Quantz. Entretanto, vários grandes compositores do barroco e clássico como J. S. Bach, G. Ph. Telemann e W. A. Mozart deram voz à viola e a exploraram em papel de protagonismo em obras importantes do repertório solo, de câmara e de orquestra.
A TRAJETÓRIA DA VIOLA E SEU REPERTÓRIO NA RELAÇÃO COM A VOZ ATÉ O PERÍODO CLÁSSICO
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DOI: 10.37572/EdArt_1491009209
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Palavras-chave: Viola; Voz como modelo; Repertório da viola
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Keywords: Viola; Voice as model; Viola repertoire
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Abstract:
The voice has always had a very close relationship with the instruments, and was often regarded as a model of interpretation for instrumentalists, also in writing and construction. From the perspective of the relationship with the voice, this work intends to investigate the viola's path through history since its creation, around 1530, when it had a moment of prominence especially in five-part writing with two violas, going through the baroque until the classical period, when the writing of most composers started to value the extremes of the continuous bass and treble in the melodies, and didn’t explore the counterpoint capabilities of the middle voice, composing simple, careless parts with little technical difficulty, making composers like H. Berlioz later regret this treatment of the viola “as something of little importance in music”, as J. J. Quantz said. However, several great composers of the Baroque and Classical, such as J. S. Bach, G. Ph. Telemann and W. A. Mozart gave voice to the viola and explored it as a protagonist in important works in solo, chamber and orchestra repertoire.
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Número de páginas: 8
- Cindy Folly Faria